A segunda das quatro torres do Rochaverá Corporate Towers foi concluída. O empreendimento, localizado na Marginal Pinheiros, conta com arquitetura arrojada, fachada em granito Bege Ipanema, além de ser um dos primeiros edifícios corporativos no Brasil a receber certificação de sustentabilidade (Leed).

Com investimento total de R$ 600 milhões, o empreendimento da Tishman Speyer, conta com quatro torres totalizando 228 mil m2 de área construída, com 120 mil m2 de área locável.
As duas primeiras torres chamadas de A e B são idênticas, somando 113 mil m2 construídos, sendo 58 mil m2 locáveis. Possuem basicamente o mesmo projeto, com 16 pavimentos-tipo, fachadas inclinadas e lajes maiores nos andares superiores. A principal diferença entre elas está nas plantas, que são espelhadas. A parte já inaugurada compreende ainda as praças de acesso e central.
O projeto de arquitetura é assinado pelo escritório Aflalo & Gasperini e tem como principal diferencial o design inusitado das fachadas. Elas se destacam pela inclinação de nove graus de uma das fachadas, o que resultou na projeção de 12 m.
De acordo com o arquiteto Roberto Aflalo, para a concepção do projeto foram utilizadas várias linguagens arquitetônicas diferentes. A fachada do Rochaverá privilegia as linhas retas, mas conta com uma das faces inclinadas sobre a praça.
Este conceito proporciona um diálogo entre as formas, permite que os andamentos superiores tenham lajes maiores e que os escritórios desfrutem de uma vista privilegiada. As torres são contínuas e combinam granito e vidro.
A fachada foi concebida em granito Bege Ipanema com acabamento polido e vidro, além do granito Preto Aracruz com acabamento também polido, empregado como embasamento do térreo e detalhe do pórtico de entrada.
Para a concepção das torres A e B foram utilizados 12 mil m2 de granito Bege Ipanema e 2 mil m2 de granito Preto Aracruz, ambos com acabamento polido, com placas de dimensão média aproximada de 1,87 x 0,99 m.
No corpo das torres A e B, as placas de granito foram fixadas através do sistema de painéis pré-moldados de concreto, sendo que no térreo e mezanino foi empregado o sistema de fixação metálica.
A execução das duas fachadas levou aproximadamente 18 meses. A escolha do granito Bege Ipanema levou em consideração além das características estéticas, o fato de ser um material com poucas variações de tonalidade, mesmo quando empregado em grandes quantidades.
A fachada inclinada exigiu um cuidado maior na elaboração, montagem e fixação das placas de granito. A Cajugram – empresa fornecedora do granito Bege Ipanema – enviava as placas para a STAMP, empresa responsável pela fixação dos granitos na fachada, que fundia os painéis e fazia a montagem na própria obra. Para a concepção dos térreos e mezanino, as placas foram enviadas para uma marmoraria que realizou a instalação das placas individualmente.
A inclinação de 12 m produziu grandes forças horizontais que precisavam ser controladas. Por meio de cálculo estrutural verificou-se que o deslocamento horizontal do topo devido a essa inclinação dos pilares era de 6 cm, causando a necessidade de providenciar folga nos caixilhos e nos painéis pré-moldados de concreto.
Outra dificuldade relacionada ao cálculo estrutural diz respeito às dimensões generosas dos vãos livres do lease span. Para resolver esta questão, utilizou-se uma estrutura protendida, com nervuras de 39 cm de espessura, distantes 60 cm uma da outra, tornando possível anular as deformações nos andares.
As torres C e D que ainda serão concluídas terão respectivamente 30 pavimentos-tipo e sete pavimentos. A torre D é a menor das quatro e está com obras em andamento. A terceira fase prevê a construção do edifício-garagem e da torre C, a maior de todas.
Elas vão receber o mesmo tratamento das edificações já concluídas, com dois elementos verticais bem definidos e uma das caixas marcada por elementos que fazem a divisão horizontal dos planos externos.
A construção com fachadas-cortina usa o vidro numa das faces para revestir as vigas e os peitoris feitos com painéis pré-fabricados. Na outra, estes elementos ficam aparentes e são revestidos por granito. Esses elementos fazem parte da equação que definiu as áreas opacas e transparentes, visando reduzir a incidência de calor nos ambientes internos. A parte translúcida corresponde a 41% da fachada e os vidros empregados possuem coeficientes de sombreamento e de transmissão luminosa que asseguram elevada eficiência energética ao conjunto.
INTERIORES
 
As rochas ornamentais foram especificadas também no projeto de arquitetura de interiores e como revestimento do piso da área externa.  Para a paginação dos pisos internos foram especificados os granitos Bege Ipanema polido e flameado, Magma polido e Preto Aracruz polido nos rodapés, além do  mármore Branco Pigues.
As paredes do hall combinam o granito Bege Ipanema com dois acabamentos diferentes (polido e flameado) e o granito Magma polido.  O espelho d´água  e as áreas comuns são em granito Bege Ipanema, com acabamento polido e flameado.
O design de interiores estabeleceu propostas diferentes, mas mantendo a mesma linguagem para as duas edificações.
Fonte Revista Rochas de Qualidade.

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